terça-feira, 7 de julho de 2009

Rainha Vitória – modelo para as anti-feministas

A rainha Vitória afirmou: «Estou cada dia mais convencida de que nós mulheres, se queremos ser boas mulheres, femininas, afectuosas e domésticas, não fomos feitas para reinar; pelo menos são eles que se encarregam do trabalho que tal tarefa inevitavelmente implica.»

Esta personagem histórica, anti-feminista confessa, permite que compreendamos melhor quem são as anti-feministas, quem são as mulheres que odeiam ter direitos.

Vitória vivia num palácio, rodeada do conforto que o luxo propicia, assistida por súbditos atentos às suas mais pequenas vontades e desejos; é de supor que nunca tenha sentido o mínimo vislumbre de uma atitude sexista em relação a ela própria.
É certo que, fruto das vicissitudes da época e da ausência de planeamento familiar, teve nove filhos, mas não consta que lhes fosse particularmente dedicada ou que tivesse em grande conta a maternidade já que teria referido a gravidez como a «ocupação arriscada de se ser mulher» (the occupational hazard of being a wife). Como alguém jocosamente escreveu, se o feminismo da época vitoriana tivesse incluído a reivindicação de direitos reprodutivos para as mulheres, Vitória, provavelmente, não teria sido tão ferozmente anti-feminista.

Vitória forneceu o modelo: as anti-feministas, nomeadamente as que conhecemos e que ocupam posições cimeiras no movimento, são mulheres que não só nunca sentiram a opressão na própria pele como ainda foram contempladas com privilégios completamente desconhecidos das mulheres comuns: riqueza, acesso a boas escolas, boas oportunidades sociais, ocupações gratificantes, e que, por norma, desenvolvem o estilo de vida que objectivamente criticam e que consideram não aconselhável para as mulheres. Um caso típico de «olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço».

2 comentários:

  1. A mi no me sorprende que de una educación y una sociedad machista y sexista salgan estas mujeres,en reinas o en plebeyas....lo que tuvo merito fué que por la misma época:
    "Entre 1850 y 1920 las mujeres inglesas lucharon por conseguir leyes más justas en lo referente al matrimonio, a la custodia de los hijos, al control sobre sus bienes y salarios, al acceso a la educación, al voto y a la participación política. Desde 1833 comenzaron a aparecer manifiestos y artículos que pedían el voto para las mujeres. En respuesta a estas protestas, la Cámara de los Comunes insertó por vez primera de forma explícita la palabra varón en los requisitos requeridos para ejercer el voto. En 1847 se fundó la Asociación Política Femenina para luchar por el voto de las mujeres. En 1851, Harriet Taylor Mill (1807-1858) escribió su Ensayo sobre el sufragio de las mujeres. Las feministas enviaron peticiones al Parlamento, que no obtuvieron respuesta. Mill reclamó la plena igualdad de derechos políticos y civiles para las mujeres inglesas, inspirándose en los logros conseguidos por las norteamericanas. Escribió: “Lo que queremos para las mujeres es igualdad de derechos, igualdad de privilegios sociales, no una situación diferente, una especie de sacerdocio sentimental”. Harriet Mill no ejerció ninguna actividad política pública debido a su precaria salud, pero inspiró a su marido John Stuart Mill su famoso ensayo La esclavitud femenina, publicado en 1869, que habría de convertirse en un clásico del pensamiento feminista. Pero antes de la aparición del libro de Stuart Mill, las mujeres inglesas llevaban décadas de lucha."(wikipwdia)
    Un abrazo

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